SABER
SEPARAR PARA RECICLAR
A valorização passou a ser um conceito estruturante de
qualquer projecto de gestão integrada de resíduos, determinante
dos apelos lançados aos cidadãos para que separem os materiais
recicláveis e, condicionante das opções de investimento em
equipamentos de tratamento, de modo a que o lixo seja assumido como
recurso renovável para reduzir o esgotamento de recursos naturais não
renováveis.
Á triagem dos materiais recolhidos selectivamente, para que
o lixo constitua matéria prima na indústria recicladora, e à
compostagem de matéria orgânica para transformação em
fertilizante agrícola, que são formas de valorização de aplicação
geograficamente universais, acrescentam-se, em regiões de elevada
concentração de produção de resíduos, as possibilidades de
valorização em energia eléctrica ou vapor industrial a partir da
incineração dos mesmos, cujas escórias são ainda susceptíveis
de utilização na construção civil após a extracção dos
materiais ferrosos e não ferrosos para reciclagem.
Se o vidro das garrafas e frascos que utilizamos no dia-a-dia
for separado, pode ser usado para fazer vidro novo. Desta forma
reduz-se a poluição atmosférica em 20 % e a água em 50 % e
contribui-se para a redução do consumo de energia (menos 135
litros de petróleo por tonelada de vidro).
Fig.2 - Quantidades
de embalagens declaradas até Dez/98
De
um modo geral, a separação permite maior eficiência de reciclagem
de materiais como o vidro, papel, metais e plásticos, com
consequente poupança de energia e matérias virgens e redução da
poluição.
Para recolher o papel/cartão, embalagens
e o vidro que devemos separar, existem os ecopontos (estruturas de
contentores individuais) e os ecocentros (parques com contentores).
Nos ecocentros também se podem depositar outro tipo de material de
maior dimensão.
Fig.3 - Ecopontos
Fig.4 - Despesas dos Municípios na gestão dos resíduos
Nos
ecopontos, devemos colocar as pilhas normais e pilhas botão no pilhómetro;
no vidrão, garrafas e frascos de vidro ( não devendo ser
colocadas: rolhas, lâmpadas, cristais, espelhos, pirex e loiças);
enquanto que no embalão, devemos colocar plásticos (garrafas,
garrafões, frascos, sacos e esferovites), latas, embalagens Tetra
Brick (pacotes de leite, sumo e vinho); e no papelão, papeis,
jornais, revistas, cartão e papel de escrita/impressão, devendo-se
evitar os autocolantes, vegetais, pratas e papel sujo.
|